quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sol, Lua, Cores em Andamento.













Vidas vão e vem, ao acaso, sem prazo de validade ou lote esgotado, tudo acaba onde começa, sem pensar no fim, apenas querendo expressar a vida de alguma forma, maneiras de li dar, diferentes pontos de vista, cores escondidas no arco-íris da imaginação, a flores nascem sem nexo, pois não sabem de onde vem, a semente cai, a planta cresce, nascem folhas, após brotos, a flor desabrocha, a abelha pega seu pólen, fecunda, transforma, cria, não pensa na flor, apenas cria, divide, reparte, produz, reproduz, é necessário? Pois quem disse que não? Momentos e momentos de pura retro reprodução.
Como há flores, sem cor, há sol sem luz, trovão sem o estrondo temido de todos os seres do planeta, barulho, raios, logo a chuva, com o medo do trovão e a alegria da chuva, sentimentos se diferem, quem sente ou vê, percebe o drama, duas coisas tão dependentes e tão diferentes, as vezes não dependentes, porém necessárias, chuva cai, gota de vidro que quebra o gelo, cada gota escorre se multiplicam, vão caindo aos poucos, uma lata embaixo da minha calha, aquele barulho de chuva, o cheiro de pasto molhado, uma alegria, uma tristeza, um raio, um trovão, uma tormenta, uma casa alagada, uma flor arrancada, vento, chuva, raios e trovões, acordo desesperado, há algo errado, perdi os sentidos. Chuva passa, ninguém na cama, apenas lençóis, um armário trancado e nada mais, chuva foi, muitos felizes, muitos tristes, detalhes e cenas de uma guerra, uma flor no peito, e um raio na mão, duas cores em andamento, a morte chega, abraça com o raio, e leva flores até você, quem diria, tão forte em sentimentos, e ao mesmo tempo fraco na vida, sentir sem arte de valer a pena, sem arte apenas, apenas sentir.
O sol brilha novamente, há um sol e uma lua no céu. Sol, lua e céu, nove letras, três palavras e um acento, como a dança das cadeiras, varias pessoas um acento, como a sorte, vários jogadores, um acerto, como amor, vários amores, uma lua. Em andamento, duas cores, duas faces, face dupla, e agora, em qual arriscar a sorte, o amor, e a cadeira? Vida em preto e branco, duas cores ou todas as cores? Preto, cor nenhuma, branco juntar todas as cores, duas cores representando todas, como o sol e a lua, duas cores em
andamento, tornando-se infinitas a todos os olhos, olhe para o céu, sol e lua, veja a diferença das faces. Depois chuva passa, pego o acento, tento minha sorte, e o amor? Deixe ele para os trovões.

Um comentário:

  1. Narrativa muito bem escrita, altamente subjetiva mas cheia de sentimento ;) Belo presente q destes aos trovões!O "automatismo" da vida só cansa os seres sem criatividade... da pra voar longe nessa jornada; o acaso, as surpresas são o colorido :)

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